As ruas estão repletas de opiniões. Muros marcados com aforismos baratos, rabiscos, desenhos inelegíveis e devaneios. Marcas indiciáticas dos discursos mais politizados. Desde os tempos antigos, as paredes são uma folha branca, uma grande galeria aberta, cheia de arte, de poesia ou de indignação. As paredes falam.
Não tem mérito julgador, longe disso. Pois, além do empréstimo do título de um texto de Eduardo Galeano (Teatro do Bem e do Mal), segue como análise e com resquícios, fragmentos conceituais do trabalho de Christoph Türcke (“A luta pelo logotipo” – Mímeses e Expressão). Apenas o interesse no ato comunicacional alternativo, questionador, transgressor, de contracultura e, até classificado como desobediência civil, que carrega uma caligrafia de crítica crua e certamente com doses de verdades ou questionamentos acerca do que deve ou se acredita que precisa mudar.
Por fim a série explora essa dupla função de campo. De onde essas ‘ideologias’ nascem? Nas mentes, nas mensagens de redes sociais, nas hashtags de militâncias? E como essas narrativas transmutam-se de algoritmos para muros, revesti as ruas. Ou vice-versa.
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