Tomar uma brisa de ar, tefefonar para um parente ou mesmo ver o mundo acontecer do lado de fora de suas janelas. Esse é o recorte que o fotógrafo Hamilton Zambianck fez da quarentena (não obrigatória) que os moradores de Curitiba, em especialmente os idosos, tem como alternativa nesse tempo de avanço do coronavírus.
A recomendação é para a população ficar em casa (para quem pode e acredita), principalmente para idosos que são considerados do grupo de risco. Mas, fora a doença, outros aspectos surgiram com o isolamento social. Entre eles, o de caráter psicológico como o tédio, a rotina repetitiva, a saudade da normalidade, do convívio e sociabilidade.
“Na região próxima ao Centro Histórico de Curitiba, onde há uma concentração enorme de moradores idosos, pude perceber neles um olhar vazio, a tristeza e a saudade de uma vida social ativa”, comenta Zambiancki.
Para o fotógrafo, essa ‘vida-de-janela’ tem transparecido algo que beira o isolamento, desolados e quase um cenário claustrofóbico. Algo que atinge não somente as pessoas na terceira idade, mas todos. E teremos de lidar com isso, por mais angustiante que possa parecer. Pelo menos até tudo isso passar.