Foto e texto: André Rodrigues
Sobre as #mulheresquelutam / Sobre o #DiaInternacionalDaMulher
As #guerreiras dos #excluídos
A “greve dos excluídos”, promovida pelos servidores municipais da área da saúde, foi realizada em 2011 e reivindicava a inclusão das categorias deixadas de fora pela prefeitura municipal de Curitiba na lei que regulamentava a jornada de trabalho de 30 horas. Uma paralisação de trabalhadores que perdurou por 74 dias e foi muita intensa com histórias e experiências marcantes para muita gente.
Acompanhei boa parte dos atos e ações dos trabalhadores e trabalhadoras. Foi muito interessante, porque diante da natureza da greve – com a diversidade de profissionais envolvidos – havia quem tinha experiência (tal como os sindicalistas, militantes) e outros que sequer tinham afinidade com o movimento sindical ou trabalhistas em si. Cheguei a ouvir de uma participante que ela jamais imaginou participar (e ou sua categoria) de uma greve e muito menos ir às ruas para pedir por um direito.
Conforme a greve avançava, um grupo formado por mulheres ganhou forma e coesão. Intitulada “Guerreiras”, elas representaram a luta dos servidores por igualdade de direitos. Promoveram um ato em frente à prefeitura e ali ficaram acampadas por 3 dias. Foram cerca de 60 horas sem banho e sem sair do local.
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Ao fim do ato, muito emocionadas e em lágrimas, deram as mãos e destacaram a importância de lutar por algo justo e para todos. A nutricionista Carla Lopes desabafou acerca do descaso e desrespeito. “Tenho certeza que o que passamos aqui, nós nunca esqueceremos”, disse a um repórter de uma emissora de TV local.