[Fotos e texto – André Rodrigues]
Os passos são rápidos, difícil de acompanhar para quem não está acostumado com o passo do carteiro – ou com pouco condicionamento físico. Então suei um pouco para acompanhar Claudemiro De Paula e Wanderlei Almeida, funcionários dos Correios incumbidos para uma tarefa diferente de levar cartas. E sim urnas eletrônicas.
O trabalho deles começou bem cedo no dia que antecedeu a eleição geral do segundo turno (Brasil 2014). Do depósito do Tribunal Regional Eleitoral, em Paranaguá, as urnas eletrônicas seguem para o local da embarcação. São carregadas e devidamente amarradas para o trajeto mar adentro – sentido locais de votação na Ilha do Mel, Litoral do Paraná (Brasil).
A primeira parada ocorre na Vila de Tamburutaca (São Miguel). Até a primeira escola (local de votação), são cerca de 20 minutos a pé. Com os caixotes da urna nas costas, De Paula e Wanderlei ditam o ritmo – que não é tão fácil de seguir.
O local tem uma exuberância e a beleza típica de uma vila de pescadores. De Paula e Wanderlei são conhecidos dos moradores, então há uma parada para um copo de água. Bate papo rápido, pois o tempo é curto e ainda há urnas a serem entregues. Próxima parada Nova Brasília e Encantadas.
Mais alguns minutos de barco e chegamos à terra firme. O sol é forte, mas a brisa do mar ajuda a refrescar. Os carteiros, ou melhor, entregadores de urna, emprestam uma espécie de carrinho e o trajeto é pela orla até o próximo colégio.
Do outro lado da ilha, outra equipe também cumpre a missão de entregar as urnas nas demais localidades (Farol e Praia Grande).
Em Encantadas, última parada dos “carteiros”, funcionários do tribunal aguardam a chegada da urna. Hora de abrir o pacote, verificar se está tudo certo e deixar tudo arrumado para os moradores exercerem a cidadania e o direito ao voto.